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Cia Mônaco

A edificação onde existia a Cia Mônaco foi referência por muito tempo no centro da cidade, hoje não sendo mais existente. A vinícola foi fundada pelos irmãos Horácio e Lourenço Mônaco, enólogos italianos, que migraram em 1901 para a Argentina, atuando com assistência em diferentes vinícolas.

Em 1908, os irmãos fixaram residência em Bento Gonçalves, onde introduziram uma série de tecnologias que não eram utilizadas pelos colonos locais no plantio de uva e produção de vinho, a exemplo de filtros, esmagadoras de uvas (substituindo a pisa por pés), bombas, adição de açúcar e tanino e métodos de conservação e higiene.

Em 1916, o diretor do Banco Pelotense propôs a Lourenço o aluguel de uma cantina que pertencia ao banco, fundando-se a L. Mônaco & Cia, que operou a cantina A Lucta, na qual era desenvolvido o Vinho Único. Em 1918, Horácio se associou à empresa. A partir de 1920, atendendo nacional e internacionalmente, a empresa se transformou na Lourenço & Horácio Mônaco e passou a dispor de depósitos para venda em todos os estados do Brasil.

 

A fim de evitar falsificações dos vinhos vendidos em barris, a empresa começou a vender o Vinho Único somente sob engarrafamento, protegido com papel e palhão e acomodado em caixas de madeira.

Em 1929, a empresa participou da fundação da Sociedade Vinícola Rio-Grandense, juntamente com outras vinícolas, com o objetivo de criar uma sociedade que oferecesse suporte aos vinicultores, com foco na compra, fabricação e venda do vinho.

Em 1931, Francisco Brasil Mônaco, filho de Horácio, viajou à Itália para estudar vitivinicultura com o propósito de manter a empresa, retornando 15 anos depois. Com sua volta, percebeu como o cenário evoluiu, mas rememora questões debatidas pelo seu tio e pai anos antes, referentes à produção de vinho com a uva Isabel. Para ele, a uva Isabel era matéria-prima precursora no Brasil, tornando-se insubstituível para o mercado nacional. A empresa foi atuante até o início do século XXI.

 

Fontes:
 

CAPRARA, Bernardete Schiavo; LUCHESE, Terciane Ângela. Da Colônia Dona Isabel ao Município de Bento Gonçalves 1875 a 1930 - Bento Gonçalves: VISOGRAF; Porto Alegre: CORAG - Companhia Rio-grandense de Artes Gráficas, 2005.

DAL PIZZOL, Rinaldo; SOUSA, Sérgio Inglez de. Memórias do Vinho Gaúcho - Vol. 1.

 

DE PARIS, Assunta. Histórico da Companhia Mônaco. 2013, Disponível em: <https://jornalsemanario.com.br/historico-da-companhia-monaco/> Acesso em: 25/02/2021.

ROMAN, Cirilo M. A Inteligência Competitiva como Difusora da Ação Estratégica: diagnóstico do setor vinícola de Bento Gonçalves - RS. 2001. Dissertação (Mestrado Executivo) - Escola Brasileira de Administração Pública, Fundação Getúlio Vargas, Rio de Janeiro - RJ.

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