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Igreja Metodista

A fundação da Igreja Metodista em Bento Gonçalves, se deu a partir da chegada de imigrantes italianos, que haviam tido contato com a doutrina valdense, na Itália. Os valdenses surgiram no século XII, a partir das pregações de Pedro Valdo, na França, questionando alguns aspectos da Igreja Católica. Com o tempo, se associaram a igrejas evangélicas, como o metodismo. 

 

Esses imigrantes, no Rio Grande do Sul, estavam concentrados principalmente nas colônias de Dona Isabel, atual Bento Gonçalves, e Alfredo Chaves, atual Veranópolis.  Entretanto, não possuíam um espaço institucionalizado para se encontrarem, usando suas próprias residências.

 

Assim, levando em conta que a Igreja Metodista estava presente em Porto Alegre desde 1885, solicitaram auxílio ao seu pastor, João da Costa Corrêa, que atendeu ao chamado em 1887, indo à região colonial, onde realizou quatro batismos.

 

A partir daí, percebeu-se a necessidade de expansão do metodismo pela localidade.  Foi deslocado à Colônia Dona Isabel, o italiano metodista, Carlo Lazzaré, que estava morando no Uruguai.  

 

Mesmo sem formação teológica, Carlo falava a língua da maioria dos imigrantes, o que facilitaria o processo. Ele chegou na cidade em 1888.

 

As cerimônias com exclusividade do idioma italiano, foram mantidas até os primeiros anos do século XX.

 

Em 27 de março de 1889, foi fundada a Igreja Metodista da localidade, por meio  do auxílio financeiro de 43 membros. Ao longo do século XX, em diferentes períodos, há registros de escolas associadas à igreja, apesar disso, percebe-se uma dificuldade de expansão pela cidade, provavelmente relacionado ao preconceito que sofriam pela maior parte da população, que era católica.

 

A Igreja Metodista de Bento Gonçalves é o templo metodista mais antigo do Estado, ainda em atividade, e, possivelmente, uma das primeiras igrejas cristãs edificadas em alvenaria na cidade. A edificação é tombada como Patrimônio Histórico e Cultural do Município.

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Fontes:

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CAPRARA, Bernardete Schiavo: LUCHESE, Terciane Ângela. Da Colônia de Dona Isabel ao Município de Bento Gonçalves: 1875 a 1930. Bento Gonçalves: VISOGRAF; Porto Alegre; CORAG - Companhia Rio-grandense de Artes Gráficas, 2005.

 

DALLA CHIESA, Vicente. As vinhas da ira:  o metodismo e a vitivinicultura na colônia italiana na Serra Gaúcha. In: HERÉDIA, Vânia; RADÜNZ, Roberto (orgs.). 140 anos da imigração italiana no Rio Grande do Sul. Caxias do Sul: EDUCS, 2015. 

 

DALLA CHIESA, Vicente. O uso do Italiano como Língua Litúrgica e de culto nas comunidades metodistas da Colônia Italiana do nordeste gaúcho (1887-1939). In: XIII ENCONTRO NACIONAL DE HISTÓRIA ORAL HISTÓRIA ORAL, PRÁTICAS EDUCACIONAIS E INTERDISCIPLINARIDADE, 13., Porto Alegre. Porto Alegre:  2019.  Disponível em: https://www.encontro2016.historiaoral.org.br/resources/anais/13/1461607403_ARQUIVO_OUSODOITALIANOCOMOLINGUALITURGICAEDECULTONASCOMUNIDADESMETODISTASDACOLONIAITALIANADONORDESTEGAUCHO.pdf. 

 

ALVES, Leonardo Marcondes. Valdenses no Brasil. Ensaios e Notas, 2017. Disponível em:  https://wp.me/pHDzN-SN.


132 anos de fundação da Igreja Metodista em Bento Gonçalves. Disponível em: http://2re.metodista.org.br/conteudo.xhtml?c=10571

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