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Colégio Marista Aparecida

Até 1940, aos meninos que pudessem continuar os seus estudos para além da quinta série, a única opção era se mudar para outras cidades. Portanto, houve uma mobilização de anos por parte da comunidade e da Igreja Católica, a fim de trazer uma escola ginasial para o município, que resultou na instalação do atual Colégio Marista Aparecida. 

 

A demora pela instalação, se deu em função dos embates entre algumas pessoas da comunidade, que possuíam interesse na vinda dos Irmãos Salesianos. Entretanto, não havia possibilidade dessa congregação ministrar ensino secundário. Chegou-se a cogitar que os metodistas se encarregassem dessa questão, mas havia preconceito contra eles pela maior parte da população, que privilegiava o ensino católico.
 

Com apoio do bispo local, conseguiram a vinda dos Irmãos Maristas, com a promessa de abertura da escola com curso elementar,  admissão para o comércio no primeiro ano,  curso comercial equiparado no segundo ano, e quando possível, implantação do curso ginasial.

 

A partir da chegada do Irmão João da Cruz, a escola se instalou na edificação onde anteriormente funcionava a Sociedade Italiana Rainha Margarida, que cedeu o espaço aos Maristas, em troca de que assumissem a dívida que possuíam.  Foi inaugurada com o nome de Instituto Comercial Nossa Senhora Aparecida, com externato e semi-internato.

 

A partir de 1945, passou a dispor de Curso Técnico em Contabilidade, curso que usualmente era frequentado por homens, tendo a primeira mulher apenas no ano de 1951.  O Curso Ginasial foi disponibilizado a partir de 1949. 

 

Em 1955, foi ministrada, a aula inaugural do Escritório Modelo do curso de contabilidade, espaço sem precedentes no Brasil, que possuía um protótipo de instituição financeira, chamado Banco Aparecida SA.

O Escritório aliava a teoria e prática da ciências contábeis, contando com todos requisitos necessários para procedimentos bancários, como empréstimos, descontos de títulos, cheques e moeda própria. Assim, formou alunos de modo inovador e recebeu apoio do Ministério da Educação para que fosse divulgado pelo país, o que culminou em visitas de professores da Bahia, São Paulo, Porto Alegre e também Estados Unidos.

 

Em 1965, na comemoração dos 25 anos da chegada dos Irmãos Maristas à cidade, foi sugerida pelo diretor, Irmão Avelino Madalozzo, uma festa comemorativa ao vinho, bebida que vinha corroborando no desenvolvimento econômico da cidade. Seriam também comemorados os 75 anos de emancipação da cidade, e os 50 anos da vinda das Irmãs Carlistas. A partir daí, com o apoio de empresários, evoluiu a ideia da Festa Nacional do Vinho, a Fenavinho, que teve sua primeira edição, em 1967.A festa mobilizou a comunidade e impactou Bento Gonçalves, nos mais diversos setores.

 

No ano de 1968, a escola passou a se chamar Colégio Nossa Senhora Aparecida. Em 2004, recebeu o seu atual nome Colégio Marista Aparecida, e atualmente oferece desde os níveis de ensino infantil, até o ensino médio.

Fontes:

Rede Marista: história. Disponível em: https://colegios.redemarista.org.br/aparecida/sobre/historia. 

 

Histórias de vida no palco da memória institucional marista. In: XIV ENCONTRO NACIONAL DE HISTÓRIA ORAL, 14., 2018, Campinas: SANTORUM, Graziele Erig; BUENO, Allanderson Aloisio, 2018. p. 1-11. Disponível em: https://www.encontro2018.historiaoral.org.br/resources/anais/8/1524851977_ARQUIVO_2018.04_Santorum_Bueno_Maristas[FINAL_REVISADO].pdf.

 

JARDIM, Rosângela de Souza. Constituindo-se Diretora: Entre Histórias, Memórias e Representações em Escolas de Bento Gonçalves/RS na década de 1960. 2020. 157 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Educação, Universidade de Caxias do Sul, Caxias do Sul, 2020. Disponível em: https://repositorio.ucs.br/xmlui/bitstream/handle/11338/6774/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Rosangela%20de%20Souza%20Jardim.pdf?sequence=1&isAllowed=y. 

 

PRÁ, Lino Alan Ribeiro da Luz dal. Do Colonialismo ao Fascismo: Religiosidade e Nacionalismo a Partir da Análise do Il Corriere D’italia (Bento Gonçalves/RS 1913 – 1927). 2017. 163 f. Tese (Doutorado) - Curso de História, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2017. Disponível em: http://hdl.handle.net/10923/11055.


SCUSSEL, Claudia Luci. Constituindo-se Professor(a): Percursos, Histórias a Memórias Docentes em Bento Gonçalves (1930-1960). 2011. 162 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de História e Filosofia da Educação, Universidade de Caxias do Sul, Caxias do Sul, 2011. Disponível em: https://repositorio.ucs.br/xmlui/bitstream/handle/11338/578/Dissertacao%20Claudia%20Luci%20Scussel.pdf?sequence=1&isAllowed=y.

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