Estação Rodoviária
Época: 1974 Acervo: Museu do Imigrante
Época: 1920 Acervo: Museu do Imigrante
Créditos: Pedro Pinchas Geiger; Tibor Jablonsky Acervo: IBGE Disponível em <https://biblioteca.ibge.gov.br/biblioteca-catalogo.html?id=423448&view=detalhes>
Época: 1974 Acervo: Museu do Imigrante
Em 1888, foi inaugurada a estrada Buarque de Macedo, com mais de 60 quilômetros, ligando a Colônia Dona Isabel a São João de Montenegro, o que impulsionou a economia local e permitiu a passagem de carroças. Desse modo, pontos de comércio foram se estabelecendo em seu entorno, formando os primeiros núcleos populacionais.
A abertura de estradas era essencial à comunidade, pois havia famílias que moravam em áreas mais afastadas, precisando se locomover por longas distâncias para a compra e venda de produtos e para participar de eventos sociais ou celebrações religiosas. Mas o transporte era dificultado, já que as estradas eram de chão e a condução por meio de animais cargueiros e carroças .
No início do século XX, eram raros os veículos motorizados, sendo que chamavam a atenção por onde passavam. O primeiro ônibus da cidade data de 1918, um Ford T, de propriedade dos irmãos Theodolindo e Henrique Valduga.
Conforme a população crescia, vinham sendo abertas mais vias e, a partir de 1930, o número de automóveis também aumentou. Em 1945, foi calçada a primeira rua, a Marechal Deodoro. Gradualmente, outras estradas foram calçadas e alargadas, superando um cenário complicado, onde em períodos secos havia muito pó, e em chuvosos, muita lama.
Em 1946, começou a circular o primeiro ônibus urbano, um Caminhão International 1946, de propriedade de Antônio Guindani, com tarifa de 1.500 réis para ir do centro até o bairro São Roque, por isso apelidado de “1.500”.
Em 1947, foi fundada, pelos irmãos Orestes e Isidoro Toniolo, a empresa de transporte urbano, Bento Transportes, ainda atuante. Inicialmente, faziam o trecho da Linha Eulália, interior da cidade, até a área central, em um Ford Super Luxe 1947, para 5 passageiros. Ainda no ramo do transporte urbano, em 1965, foi criada a Transporte Coletivo Santo Antônio LTDA, por Leonel Giordani, que também se mantém ativa.
A primeira estação rodoviária ficava na rua Barão do Rio Branco, entre os anos 1930 e 1950. Na década de 1960, foi transferida para a esquina da Rua 13 de Maio com a Rua Júlio de Castilhos.
Com a realização da primeira Fenavinho, em 1967, a cidade teve visibilidade nacional, incidindo no asfaltamento das ruas da cidade.
Atualmente, a rodoviária se localiza na Travessa Antônio Gracioso Guindani.
Fontes:
CINI, Aldo; ROCHA, Ana Augusta; DE PARIS, Assunta. SÉCULO XX MEMÓRIAS DE BENTO GONÇALVES. São Paulo: Auana Editora, 2013. 146 p. Disponível em: http://www.memoriasdebento.com.br.
DEPARIS, Assunta. Abertura da primeira estrada de rodagem. Semanário. Bento Gonçalves. 19 maio 2018. Disponível em: https://jornalsemanario.com.br/abertura-da-primeira-estrada-de-rodagem/.
MESTURINI, Janquiel. 100 anos Centro da Indústria, Comércio, e Serviços. Bento Gonçalves: 2014. 168 p.
Nossa História. Disponível em: http://www.transportesantoantonio.com.br/a-santo-antonio/nossa-historia.
Sobre a Empresa: história da família. História da Família. Disponível em: http://www.bentotransportes.com.br/sobre.